quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A igreja reerguendo a cruz de Cristo

 


EBD, Igreja Batista Regular Renascer 
Manaus, 24 outubro, 2010


Vencida a etapa da prisão do Senhor, deparamo-nos com um cenário de horror, onde de um lado temos os sacerdotes e escribas, mais a turba; de outro Herodes, Pilatos e sua dissimulação. Todos estes marcam seus nomes na história pela forma de como encontraram e trataram o Senhor do Universo. 

Face a face com Criador, diante de seus olhos, um homem que foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. (Is 53:23) 

Sim, estiveram frente ao nosso Deus! 
Que podemos aprender de suas reações? Seus comportamentos? Sentimentos? 

Percorre um frio em minha espinha pensar que muitas vezes estive frente ao Senhor, por meio da pregação, e meu coração O rejeitou. Quanta estupidez, quanta loucura de minha parte. Mas, quedei-me ao seu poder, ao seu infinito amor, pois Ele de longe me avistou e com toda a bondade do universo me atraiu. 
Sim! A Ele honra, louvor e glória eternamente. 

Chegamos ao ponto central da história universal, ao ponto mais profundo da estupidez humana: a culpabilidade de Deus. São as horas que antecedem a cruz, a morte de cruz, mais um degrau da humilhação experimentada pelo Senhor da Glória. 

A Insensatez humana 
Sabemos que Deus em sua sabedoria não permitiu que o homem O conhecesse por sua própria sabedoria. Mas não esqueçamos o homem segue segundo seu próprio coração, segundo sua natureza, que o conduz sempre à morte. 


A sabedoria de Deus
Deus, em seu poder, fez convergir para um único evento: gentios, judeus, povos, religião e leis humanas. O retrato do mundo, o retrato da igreja. Nosso retrato pessoal. 

Há um conjunto de percepções registrado nestas passagens nas Escrituras que expressam sentimentos e comportamento daqueles homens, e são os mesmos sentimentos e comportamento por nós manifestados. Pena que nossa soberba não permita alinharmo-nos àqueles judeus e gentios à vergonha da cruz. 


A resistência ao Senhorio 
“E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte”. (Mt 26.64-66). 

Sacerdotes e escribas atormentados pela possibilidade de Jesus ser quem realmente afirmava ser, vociferam: É réu de morte! Há visível ira e descontrole nesse ambiente. A verdade de Cristo suscita ira dos homens, aos corações iníquos, sabemos disto. Eles desejam um cristo que não seja Senhor. Um cristo sem seu senhorio. Nada pode ser maior que o coração inconverso. Assim diz o coração ímpio: Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. (Is 14:14) Não pode existir Deus que seja Deus. 

Um cristo para entretenimento
Ora, quando Herodes viu a Jesus, alegrou-se muito; pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; e esperava ver algum sinal feito por ele; (Lc 23:8) 

Herodes, em sua soberba, estava interessado em Jesus circense, pentecostal, um cristo que se prestasse fazer-lhe sinais. Ao silêncio do Senhor, sobrevém o achincalhe, o deboche, ridicularizam-nO, vestindo-O de “manto aparatoso” (brilhoso ou transparente). (Lc 23.11). 

Em Herodes, o retrato de um Cristo humilhado com roupas transparentes ou brilhosas. Ridicularizando ao Senhor expressa sua disposição vil. A exposição de Deus aos caprichos insanos promovidos pelo poder secular. Como poderia um filho de satanás louvar o Senhor ou a Ele dar glória? 

Lemos que não encontraram crime algum, mas não perdem oportunidade de humilhar o Senhor da Glória. 

Quanto horror pode haver nas mentes de pessoas que estão (estiveram) frente ao Evangelho salvador e dele fizeram deboche, e agora estão na eternidade. 

O prazer do escárnio 
“Nada verifiquei contra ele dos crimes que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar.” Palavras de Pilatos, que sugere açoitá-lo para agrado dos algozes do Senhor. (Lc 23.14-15). 

Pilatos, por sua vez, não encontra crime algum, mas diz o texto: “nada contra ele se verificou digno de morte. Portanto, após castigá-lo soltá-lo-ei”. Não há crime, mas há poder suficiente para açoitá-lo. Não há em Pilatos motivos para respeito ou dar aas devidas glórias a Jesus. 

Em Pilatos, o descaso a um Cristo qualquer, sem honra. Um Cristo a ser usado, desrespeitado. E mais, em Mt. 27.24 pede água, para simbolizar que não carregaria culpa alguma sobre o que seria feito ao Senhor. São pessoas que vêem como santo, bom, mas não o defendem, não sofrem pelas ofensas feitas a Ele. Na verdade admiram, gostam, mas não conhecem o Senhor. 

Há um fato relevante Lc 23.12, Herodes e Pilatos reataram amizade sobre o escárnio de Cristo. 

Nossa cegueira não nos permite ver o que se passa no mundo religioso em nossa volta: O comércio do Senhor! 

Pilatos é um homem sem tempo para verdade (Jo 18.38). 

A multidão às cegas
Por fim temos a turba acéfala, – semelhante ao que hoje presenciamos: povo “da última vontade”, sempre aptos a seguirem o último vento. Como sempre, a multidão induzida, escancararia sua escolha: “Fora com este, solta-nos Barrabás” (Lc 23.18). Escolha de um homicida, nada mais assustador, e não menos natural: entre Deus e um homicida o ímpio SEMPRE escolherá ao homicida. 

Nosso amor equivocado não nos permite ver o que se passa dentro de nossa igreja: a escolha pelo mal! 


Estão aqui entre nós
Sacerdotes e escribas negando a divindade do Senhor, Herodes interessado em um cristo para entretenimento, Pilatos com seu cristo para desonra e o povo em sua ânsia pelo mal são o registro de cada coração, de cada sentimento... e para vergonha nossa isto é a nossa igreja. 

Sim, estamos frente ao nosso Deus! 
Assim, a igreja deste tempo tem marcado seu caráter e sua devoção ao engano.

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